7 fatos que você não sabia sobre a febre
1- Febre mesmo é a partir de 37,5 graus
O comum é achar que é febre se a temperatura no termômetro tradicional (embaixo do braço) medir acima de 37 graus, mas, em termos médicos, não é bem assim. Há crianças com uma temperatura mais alta, por volta de 37 graus, mesmo que não haja nada de errado.
A temperatura pode subir um pouco naturalmente por motivos como calor ambiente, banho quente e até excesso de roupa. Existe também uma variação por horário: temperatura mais alta no final da tarde e menor de manhãzinha.
Os especialistas consideram uma temperatura entre 37 e 37,5 graus em um bebê que apresenta mal-estar como um estado febril, não febre propriamente dita. Lembrando que termômetros de ouvido marcam uma temperatura mais alta.
2- Febre de infecção bacteriana é diferente de febre de vírus
A febre viral acontece quando o corpo está lutando contra uma doença causada por um vírus, como no caso de uma gripe ou resfriado. Esse tipo de febre tende a passar em até três dias e não se cura com antibióticos.
Já a febre bacteriana é provocada por uma infecção onde uma bactéria está presente, como em certos tipos de otites (que também podem ter origem viral) e infecções urinárias. Nestes casos o pediatra pode receitar antibiótico para combater a doença.
Febre há mais de 48 horas exige, portanto, uma ida ao médico para ver se não há infecção bacteriana.
3- Em bebês com menos de 3 meses, febre é sempre urgente
Se o bebê tem menos de 3 meses, uma temperatura acima de 37,8 graus já é considerada preocupante, então procure atendimento médico o mais rápido possível.
Não dê nenhum remédio antes, a menos que sob orientação médica, já que é melhor não mascarar os sintomas antes de o bebê ser examinado. Bebês novinhos não necessariamente apresentam sinais típicos de infecções mais graves.
É bem possível que seu filho precise realizar exames de sangue e de urina para determinar se há uma infecção bacteriana por trás da febre. Em alguns casos (como quando há suspeita de meningite, outros exames mais específicos também são feitos).
4- Febre desidrata o corpo rapidamente
Quando há febre, o corpo apresenta rápida perda de líquido através da transpiração e até da respiração, aumentando o risco de desidratação, mesmo que não haja vômito nem diarreia.
Essa queda deve ser constantemente reposta pela ingestão de mais líquidos (para bebês que mamam no peito, basta aumentar o número de mamadas).
A hidratação adequada ajuda até a controlar a febre e reduzir a chance de efeitos colaterais dos medicamentos antitérmicos, ao colaborar para sua eliminação do organismo.
5- Trate os sintomas da febre, não a temperatura
Muita gente acha que quanto mais alta a febre pior o quadro da criança, porém isso não é bem verdade. Um bebê com febre de 38 graus pode parecer perfeitamente bem, enquanto outro com 37,3 graus pode estar irritado, cansado e precisando de colo a toda hora.
Isso quer dizer que se o bebê estiver tranquilo e com o comportamento de sempre não precisa baixar a febre? Isso mesmo.
Em vez de se concentrar tanto nas mudanças do termômetro, preste atenção a outros sinais para avaliar melhor o quadro geral de saúde do seu filho, como falta de energia e de apetite, choro fora do comum, muita manha.
6- Use remédio só se for mesmo necessário
Antes de começar a medicar, tente baixar a febre de forma natural, dando, por exemplo, um banho morno no bebê e deixando-o menos agasalhado.
Se ainda assim ele parecer incomodado e você for dar algum remédio (com orientação médica), tenha em mente que:
* A dosagem nesta fase é determinada pelo peso da criança, não pela idade. Siga exatamente o que diz a bula ou o pediatra.
* Nunca dê aspirina para crianças, porque é uma substância ligada a uma doença extremamente grave, a Síndrome de Reye. Bebês de até 6 meses podem tomar paracetamol; a partir de 9 meses, podem tomar ibuprofeno se não houver resposta ao paracetamol.
7- Febre é uma resposta saudável!
Apesar do susto, a febre é um sinal do bom funcionamento do corpo e do sistema de defesa do organismo, portanto não vai prejudicar seu filho.
Até os casos mais extremos, como os de febre acompanhada de convulsões, podem ser cuidados e controlados. O importante é monitorar a febre e agir rápido quando necessário.
Veja uma seção inteira de artigos sobre a saúde do bebê e confira também todos os cuidados que deve ter com remédios para crianças.
Fonte: Baby Center