As dificuldades nos primeiros dias do bebê
Os primeiros três meses de vida do bebê podem ser um pouco tumultuados. Por toda parte ouve-se falar das dificuldades que as famílias costumam vivenciar nesse período, principalmente quando lidamos com o primogênito, quando as novidades geram dificuldades.
Para começar, há uma mudança radical de atividades e rotinas na família. De repente chega um novo membro e com ele uma enorme carga de responsabilidade e insegurança para todos que o cerca. Apenas isso já basta para provocar muita dor de cabeça, porém, a natureza se encarrega de piorar um pouquinho mais os estresses que envolvem esses dias, por meio da situação de imaturidade em que o bebê se encontra nesse momento.
Há quem faça correlação desses três primeiros meses de vida a um “quarto trimestre gestacional”, pois há um intenso desenvolvimento, da mesma forma que havia dentro do útero, de todos os sistemas e funções orgânicas do indivíduo, tornando-o altamente dependente e frágil quando longe do aconchego materno.
Essa imunidade é responsável por alguns sintomas indesejáveis, e o principal deles é a terrível e temida cólica. É muito difícil encarar as crises de dor do bebê passivamente, sem se incomodar. Alguns bebês não são tão incisivos na exteriorização de seus sentimentos, mas outros são, e isso pode levar os pais ao desespero.
As cólicas e suas razões são frutos de constantes estudos e ainda não existe uma causa completamente desvendada. Sabe-se que dentre as possibilidades está relacionada a imaturidade do sistema digestivo e neurológico do bebê com a inadequada produção de enzimas para quebrar as proteínas do leite, além do peristaltismo, contração da parede intestinal movido pelo sistema nervoso, em processo de coordenação e a flora intestinal, também responsável pela digestão do leite, em formação.
O acompanhamento com aferição rotineira das medidas do bebê mostra que os gráficos de desenvolvimento de peso e estatura apresentam um incremento muito acentuado nos primeiros meses. Os demais sistemas orgânicos seguem o mesmo padrão de desenvolvimento, devendo dar o devido destaque os sistemas imunológico, urinário e órgão dos sentidos.
Isso mostra o quanto o bebê está despreparado para encarar a vida fora do útero nos seus primeiros dias, que aliado a mudança radical de ambiente e experiências proporcionam uma carga de ansiedade e inquietude diante das novidades que ele vivência.
O importante é estarmos cientes que tudo isso é muito natural e faz parte do processo de adaptação do indivíduo pós-nascimento, e que a paciência e devida compreensão da situação de novidades, para os pais e também para o bebê, são fundamentais aliados para garantir a alegria das boas vindas de um filho.